APCG – Associação de Pesquisadores em Crítica Genética

A crítica genética foi introduzida no Brasil em 1985 por Philippe Willemart, professor de literatura francesa na USP, que, depois de um pós-doc no ITEM, ofereceu um curso de pós-graduação sobre o estudo dos manuscritos. Isso interessou diferentes pesquisadores, que já trabalhavam com arquivos, mas tinham dificuldade em articular esse material com a crítica literária.

Depois desse curso, esses pesquisadores (entre os quais, destacamos Cecília Almeida Salles e Telê Ancona Lopez) decidiram criar a Associação de Pesquisadores do Manuscrito Literário e anos depois (1990) criaram a Revista Manuscrítica, que já tem 31 números.

É preciso citar também os acordos internacionais entre o ITEM e a USP, que permitiram várias missões de pesquisadores no Brasil e na França. Também fizemos aqui várias traduções de textos de pesquisadores do ITEM. Além da Genética dos textos, de Pierre-Marc de Biasi,  traduzido por Marie Hélène Paret Passos, devemos mencionar os Elementos de crítica genética, pela editora da UFRGS e também Manuscritos de Escritores, pela UFMG, além da coletânea Criação em processo, organizada por Roberto Zular e de vários artigos publicados na Manuscrítica.

A Associação dos Pesquisadores do Manuscrito Literário passa a chamar-se Associação dos Pesquisadores em Crítica Genética em 2002,  mudança que revela os novos rumos da área – não apenas o estudo do processo de criação de uma obra publicada, mas a relação entre desenhos e obras, a correspondência, a criação de edições genética, a gênese da dança, das artes plásticas, do cinema, do vídeo-arte.

Hoje a Associação tem aproximadamente 150 pesquisadores, distribuídos em 15 grupos de pesquisa em quase toda a extensão do território brasileiro. A APCG abraça pesquisas que se dedicam ao estudo do processo de criação nos campos da  literatura, linguística, tradução, tradução intersemiótica, artes visuais, cinema, arquitetura, design, etc.

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